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O Nada

Habito a distopia A utopia De que minha pia Lave sozinha meus pratos Junte-se o cacos E veja que o círculo não tem lados Só faces Fases De um jogo viciado Até meu trago Perde o traço Quando me pergunto: O que propago? Se a essência está no ato Eu divago Estrago e separo Nas entrelinhas do invisível O lado ruim do incrível Intransponível Que transpassa o véu O céu De quem sois réu? Se o átomo é quase nada O tudo se torna uma vaga Lembrança diluída nas águas Batizadas que bebo Do desassossego Espremo Escorrendo tudo pro fundo do copo Ignoro os corpos O óbvio Percebendo que o tudo é irrelevante Peças da mesma estante Juntando os instantes Torno a simplesmente observar Vendo que o nada é só o que o tudo não conseguiu enxergar.

Yuri Cidade

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