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O Porre

Esquenta o óleo Saltam os olhos Arregalados Emparedados Por entre o véu Do réu Que espera a sentença A crença Exala a Presença Feito a morte Deságua na sorte Da ilusão de acreditar No próprio azar Fazendo par Oh filha do mar Espera seu andar No rebolar Da tua fina cintura A silheuta pura Do batom púrpura Ao pé da tua orelha Silabando a safadeza Da grandeza De um pobre viciado Rolam os dados Perdoem meus pecados Pois meus fatos São óbvios absolutos Escondidos no intuito De te dominar Beijo tua pele com gelo Dois dedos de uísque, e um apelo Puxando meu cabelo Recorre aos espelhos Para na sua vaidade Tomar um porre de insanidade Ao ver que na verdade Nunca provamos uma gota sequer de Liberdade

Yuri Cidade

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