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Foto do escritorYuri Cidade

O Monstro

Trago a cidade no sobrenome,  o orgulho no peito e a resistência no sangue. Desde sempre um sonhador realista que desliza palavras ao léu chocando mentes e arranha céus. Nem por um segundo desisto de brigar pelo que acredito. Diga à todos que fico. Contrario fatos históricos, de um contexto retórico, criados para manter o controle. Disparo meus pensamentos feito arma contra o exército capitalista imperialista protegido atrás de uma farda. Aqui não é USA, mas todo dia é 11 de setembro. Lamentos. As torres gêmeas  da esperança do brasileiro são atingidas pelos aviões da corrupção, conservadorismo e preconceito, dizimando mulheres e crianças primeiro. Nem nascidos nem mortos, vazios são os corpos, na certidão que apenas consta: Excluído. A rua transparece o caos, dilacera e amontoa almas penadas das favelas ao litoral. A educação é suprimida à testes objetivos e exatos, os quais se permite apenas um só resultado. Duvidar se torna desrespeito, o questionar é despeito, e sonhar é palavra fora do dicionário. Perfeito. O governo te cobra respeito pelos professores que a polícia espanca. A nova correção ortográfica da língua da santa ignorância. Com a mente vazia e o coração cheio de ódio, desde os primórdios, é assim que se faz o terrorista. Ou social anarquista? Não é só arma no morro o problema do povo. São as canetas e cédulas de votação, dando um novo capítulo ao genocídio da democracia de uma nação. Quem só conhece o individual, nunca vai ser coletivo. Individualismo pregado em cada holofote que ofusca a visão, consequentemente, afogando de ignorância a maior parte da população. O controle funciona assim: te abarrotam de porcarias até você perder a noção de si, e por fim, te transformam em um soldado escravo pregador do certo e errado. Conceitos falhos. Eu Resisto! Até quando? Não sei. Os nós da materialidade eu desatei. Apenas faço do agora o único tempo importante para se mudar. Aproveito cada segundo do meu tempo aqui para me isolar de todo e qualquer sistema arquitetado, e apenas dissipar pelas ruas a vida real pelo meu autorretrato. Não sou cúpido, e por mais pesada que sejam minhas palavras, eu sempre prego o amor e a solidariedade. Alma Lavada! Ante a sobriedade me despeço, pois o hoje é curto e não sei quanto tempo ainda tenho de resto. Sigo por aqui, me considerando um incômodo pro seu doutor. Prazer, eu sou o monstro que o sistema não controlou.

Yuri Cidade

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